Manuscrito Voynich é um misterioso livro ilustrado com um
conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há mais de 20
séculos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita
não-identificado e uma linguagem ininteligível. É conhecido como "o livro
que ninguém consegue ler".
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia,
O volume, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura, 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo 1 se perdido.
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia,
O volume, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura, 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo 1 se perdido.
Percebe-se, pelos espaços ao final direito das linhas, que o
texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação. Análise grafológica
mostra uma boa fluência. No total são cerca de 170 mil caracteres, 20 a 30
letras se repetem, umas 12 aparecem só 1 ou 2 vezes; Os espaços indicam haver
35 mil palavras; os caracteres têm boa distribuição quantitativa e de posição,
alguns podem se repetir (2 e 3 vezes), outros não, alguns só aparecem no início
de palavras, outros só no fim; análises estatísticas (análise de freqüência de
letras) dão idéia de uma língua natural, européia, algo como inglês ou línguas
românicas.
Conforme o lingüista Jacques Guy, a aparente estrutura do texto indica semelhanças com línguas da Ásia do Sul e Central, sendo talvez uma Língua tonal, algo como línguas Sino-tibetanas, Austro-asiáticas ou Tai.
Acompanha o texto uma quantidade significativa de
ilustrações em cores que representam uma ampla variedade de assuntos; os
desenhos permitem que se perceba a natureza do manuscrito e foram usados como
pontos de referência para os criptógrafos dividirem o livro em seções, conforme
a natureza das ilustrações:
§ Seção I (Fls. 1-66): denominada botânica, contém 113 desenhos de plantas desconhecidas.
§ Seção II (Fls. 67-73): denominada astronômica ou astrológica, apresenta 25 diagramas que parecem se referir a estrelas. Aí podem ser identificados alguns signos zodiacais. Neste caso ainda fica difícil haver certezas acerca do que trata realmente a seção.
Logo após essa seção vem uma mesma folha repetida seis vezes, apresentando nove medalhões com imagens de estrelas ou figuras que podem parecer células, imagens radiais de pétalas e feixes de tubos.
§ Seção IV (Fls. 87-102): denominada farmacológica - medicinal, por meio de imagens de ampolas e frascos de formas semelhantes às dos recipientes das farmácias antigas. Nessa seção há ainda desenhos de pequenas plantas e raízes, possivelmente ervas medicinais.
§ A última seção do manuscrito Voynich tem início na folha 103 e prossegue até o fim, sem que haja nessa seção final mais nenhuma imagem, exceto estrelinhas (ou pequenas flores) ao final de alguns parágrafos. Essas marcações fazem crer que se trata de algum tipo de índice.
O manuscrito Voynich deve sua denominação a Wilfrid Michael
Voynich, um americano de ascendência polonesa, mercador de livros, que adquiriu
o livro no colégio Jesuíta de Villa Mondragone, em Frascati, em 1912, através
de padre jesuíta Giuseppe (Joseph) Strickland (1864-1915). Os Jesuítas
precisavam de fundos para restaurar a vila e venderam a Voynich 30 volumes da
sua biblioteca, que era formada por volumes do Colégio Romano que tinham sido
transportados ao colégio de Mondragone junto com a biblioteca geral dos
Jesuítas, para evitar sua expropriação pelo novo Reino da Itália. Entre esses livros
estava o misterioso manuscrito.
Com o livro, Voynich encontrou uma carta de Johannes Marcus
Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II
da Germânia, com a qual enviava o livro a Roma, ao amigo polígrafo Athanasius Kircher
para que o decifrasse.
§ Na carta, que ostenta no cabeçalho Praga, 19 de agosto de 1665 (ou 1666), Marci declarava ter herdado o manuscrito medieval de um amigo seu (conforme revelaram pesquisas, era um muito conhecido alquimista de nome Georg Baresch), e que seu dono anterior, o Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano, o adquirira por 600 Ducados, cifra muito elevada, acreditando que se tratasse de algo escrito por Roger Bacon.
§ Na carta, que ostenta no cabeçalho Praga, 19 de agosto de 1665 (ou 1666), Marci declarava ter herdado o manuscrito medieval de um amigo seu (conforme revelaram pesquisas, era um muito conhecido alquimista de nome Georg Baresch), e que seu dono anterior, o Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano, o adquirira por 600 Ducados, cifra muito elevada, acreditando que se tratasse de algo escrito por Roger Bacon.
IMAGENS:
Nenhum comentário:
Postar um comentário